A verdade é que adoro deixar-te fora de controlo. Como adoro dançar para ti, sentar-te numa cadeira e dançar para ti amor. Gosto de me chegar a ti e não deixar que me toques. Gosto que me olhes e me desejas, e quando mordes o lábio a minha anca move-se lascivamente e, tiro uma peça de roupa. Mordes o lábio na mesma, oh, aguarda, sê paciente, eu pararei de dançar em breve. Não pares, não pares. Não sorris, suplicas que te volte a mostrar o meu corpo. Dizes que não se vê nada nos teus olhos, mas eu vejo, vejo o teu desejo, vê-se a tua vontade de acelerares a minha dança e teres-me só tua. Continuo a passar as minhas mãos pelo meu corpo. Quando deixo cair o vestido, mordes o lábio e suspiras, fico ainda com a lingerie preta nova de renda para ti e tu vestido. Tinha fitas de seda vermelhas enroladas nas pernas. Coloquei-te um pé numa perna tua e lentamente desenrolei a fita, não permito que me toques, digo, e tu não falas, olhas apenas, e aproprias-te do momento. Passas a língua pelos lábios, e pedes-me pelo olhar para parar e ser tua. Não amor, não amor, ainda não. Desenrolo finalmente a fita e pego na tua mão. Ato-a à cadeira. E tu, sôfrego, assentes. Coloco o outro pé, com a perna ainda enrolada na fita, levemente no teu corpo rijo, e desenrolo a fita, os teus olhos deliciam-se e irreversivelmente ato a tua mão à cadeira. Fi-lo para que te controlasses enquanto danço para ti, amor. E olhaste-me inteiramente. Nem precisei de música, os teus olhos acompanhavam o meu corpo, e os teus olhos desejavam-me, isso bastava. Tirei do soutien duas outras fitas. Dancei com elas. Movi-me até ti. Suspiras-te finalmente, mexeste as mãos. Não amor, não te vou soltar. Passei para trás da cadeira e vendei-te os olhos. Coloquei a outra fita na tua boca e apertei. Passei as minhas mãos pelos teus cabelos, e sussurrei-te ao ouvido palavras nossas, colocava as minhas mãos pela tua camisola dentro. Ávido suspirante, amor, que finalmente bradaste aos deuses que tanto negas. Tombaste a cabeça, e eu tirei-te as fitas. Não te moveste. Só exclamaste: pões-me fora do controlo.